segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Sabão Ecológico

Nunca, jogue óleo de cozinha nos ralos ou pias, guarde para reciclagem, não polua os rios.


Cada litro de óleo despejado no esgoto tem potencial para poluir cerca de um milhão de litros de água, o que equivale à quantidade que uma pessoa consome ao longo de 14 anos de vida. Se for para a rede de esgoto, o óleo também encarece o tratamento dos resíduos em 45%.

Prejuízos do óleo de fritura ao meio ambiente:
  • O óleo impermeabiliza o solo podendo ocasionar o aumento das enchentes;.
  • O óleo cria uma fina camana da superfície da água, prejudicando a oxigenação da água dos rios, causando danos à vida aquática.
  • O óleo causa mau cheiro e poluição.
  • O óleo quando descartado no esgoto doméstico pode causar entupimento das tubulações causando refluxo do esgoto.

Como ajudar o meio ambiente reciclando o óleo de cozinha

Material:

5 litros de óleo de cozinha usado
2 litros de água
200 mililitros de amaciante
1 quilo de soda cáustica em escama


Preparo:

Coloque a soda em escamas no fundo de um balde cuidadosamente
Coloque, com cuidado, a água fervendo
Mexa até diluir todas as escamas da soda
Adicione o óleo e mexa
Adicione o amaciante e mexa novamente
Jogue a mistura numa fôrma e espere secar
Corte o sabão em barras


ATENÇÃO: A soda cáustica pode causar queimaduras na pele. O ideal é usar luvas e utensílios de madeira ou plástico para preparar a mistura.

Reciclagem

A reciclagem é o termo geralmente utilizado para designar o reaproveitamento de materiais beneficiados como matéria-prima para um novo produto. Muitos materiais podem ser reciclados e os exemplos mais comuns são o papel, o vidro, o metal e o plástico. As maiores vantagens da reciclagem são a minimização da utilização de fontes naturais, muitas vezes não renováveis; e a minimização da quantidade de resíduos que necessita de tratamento final, como aterramento, ou incineração.
O conceito de reciclagem serve apenas para os materiais que podem voltar ao estado original e ser transformado novamente em um produto igual em todas as suas características.


Os 5 R'S

A implantação dos 5 R'S da Educação Ambiental em nosso dia-a-dia é uma das maneiras mais simples de ajudarmos na preservação do meio ambiente.


Período de tempo de decomposição do lixo

(Publicação muito interessante do: http://jorgeroriz.wordpress.com/periodo-de-tempo-de-decomposicao-do-lixo/)


O tempo de decomposição é uma previsão em média. Portanto, a informação pode variar. Por este motivo, existem variações entre livros e sites, sobre o tempo de decomposição.
A informação sobre o tempo de decomposição do vidro é a mais variável: algumas fontes afirmam que são 4 mil anos, outras 10 mil anos, e até 1 milhão de anos… Mas isso não importa. Importante é reciclar!

Decomposição de resíduos: 
  • Papel: 3 a 6 meses
  • Jornal: 6 meses
  • Palito de madeira: 6 meses
  • Toco de cigarro: 20 meses
  • Nylon: mais de 30 anos
  • Chicletes: 5 anos
  • Pedaços de pano: 6 meses a 1 ano
  • Cigarros: 2 anos a 05 anos
  • Fralda descartável biodegradável: 1 ano
  • Fralda descartável comum: 450 anos a 600 anos.
  • Lata e copos de plástico: 50 anos
  • Lata de aço: 10 anos
  • Tampas de garrafa: 150 anos
  • Isopor: 400 anos
  • Plástico: 100 anos
  • Garrafa plástica: 400 anos ( depende do tipo do plástico)
  • Garrafa de plástico (PET) tempo indeterminado
  • Pneus: indeterminado. mínimo: 600 anos
  • Vidro: 4.000 anos
  • Casca de frutas: 01 a 3 meses. ( serve de adubo e não causa danos a natureza).
  • Madeira pintada: 13 anos
  • Chichetes: 05 anos
  • Latas de alumínio: 200 a 500 anos

Tempo de decomposição de resíduos em Oceanos:  
  • Papel Toalha: 2 a 4 semanas.
  • Pano: seis meses a um ano.
  • Chiclete: 05 anos
  • Caixa de Papelão: 2 meses.
  • Palito de Fósforo: 6 meses.
  • Restos de Frutas: 1 ano.
  • Jornal: 6 meses.
  • Fralda Descartável: 450 anos.
  • Fralda Descartável Biodegradável; 1 ano.
  • Lata de Aço: 10 anos.
  • Lata de Alumínio: não se corrói.
  • Bituca de Cigarro: 2 anos.
  • Sacos plásticos: 30 a 40 anos
  • Copo Plástico: 50 anos.
  • Garrafa Plástica: 400 anos.
  • Camisinha: 300 anos.
  • Pedaço de Madeira Pintada: 13 anos.
  • Bóia de Isopor: 80 anos.
  • Linha de Nylon: 650 anos.
  • Vidro: tempo indeterminado.
  • Lixo radioativo: 250 anos ou mais.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Prece da Árvore


Ser Humano,
Protege-me!
Junto ao puro ar
Da manhã ao crepúsculo,
Eu te ofereço:
Aroma, flores, frutos e sombra!
Se ainda assim não te bastar,
Curvo-me e te dou:
Proteção para teu ouro,
Pinho para tua nota,
Teto para teu abrigo,
Lenha para teu calor,
Mesa para teu pão,
Leito para teu repouso,
Apoio para teus passos,
Bálsamo para tua dor,
Altar para tua oração,
E te acompanharei até
Tua morte...
Rogo-te: Não me maltrates!

A História sobre o Beija-Flor!



... Era uma vez uma floresta num lugar longínquo, onde o Homem ainda não tinha chegado. Nessa floresta viviam muitos animais de diferentes espécies, tamanhos, cores e feitios. Era ainda o tempo em que os animais falavam.
Certo dia, houve um incêndio, um grande incêndio, como nunca antes havia sido visto. Perante a tragédia, o pânico instalou-se. Os animais fugiam num alvoroço, cada um procurando, da melhor forma possível, fugir às chamas, ao fumo sufocante e ao intenso calor que se fazia sentir, só pensando em colocar-se a salvo o quanto antes.
Mas... naquele cenário caótico, de desespero e medo colectivos, um pequeno animal teve um comportamento diferente. Na sua fragilidade, na sua singela figura, um beija-flor voava até ao lago e, com o seu pequenino e aguçado bico, recolhia, uma a uma, lenta mas persistentemente , gotinhas de água atrás de gotinhas de água, que ia depois deixando cair sobre o incêndio que lavrava cada vez mais descontrolado.
Um outro animal, observando intrigado o comportamento do pequeno beija-flor, interrompeu a sua fuga e perguntou:
- Beija-flor, mas tu estás louco? Porque te arriscas assim? Tu achas verdadeiramente que vais conseguir apagar o incêndio dessa forma?
O Beija-flor respondeu então:

- Não... claro que não, eu sei que o meu pequeno esforço não será suficiente para apagar este incêndio tão grande, mas eu estou fazendo a minha parte!

Bibliografia

A materia sobre o Aquecimento Global é uma parte da minha monografia da pós graduação, e caso alguém tenha o interesse em saber mais a respeito do tema, segue a referência que utilizei para esta pesquisa.


AL GORE, Uma Verdade Inconveniente. Ed. Manole, 2006.
ALMEIDA, Jesimar Ribeiro. Gestão Ambiental para o Desenvolvimento Sustentável. Thex Editora, 2008.
CAPRA, Fritjof. A Teia da Vida. Editora Cultrix, São Paulo, 2005.
CAZENAVE, FREITAS. Como o Aquecimento Global vai afetar o Brasil. Revista Época. Ed. Nº 463, 2008.
CERVO, Amado Luiz; BERVIAN, Pedro Alcino. Metodologia Científica. São Paulo: Prentice Hall, 2002.
Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resoluções do Conama: resoluções vigentes publicadas entre julho de 1984 e novembro de 2008. 2º. ed. / Conselho Nacional do Meio Ambiente. – Brasília: Conama, 2008.
Constituição Federal do Brasil, 1988. Editora Online, 2009. Vol. 01.
JANSEN, Roberto. Artigo Jornal o Globo – Planeta Terra. Edição: Ana Lucia Azevedo, 2009.
KIRSTIN DOW, THOMAS E. DOWNING, O Atlas da Mudança Climática: O Mapeamento Completo do Maior Desafio do Planeta. São Paulo: Publifolha, 2007.
LIEBSCHER, Peter. Quantity with quality ? Teaching quantitative and qualitative methods in a LIS Master’s program. Library Trends, v. 46, Spring 1998.
LOMBORG, Bjorn. Muita Calma nessa hora! O Guia de um Ambientalista Cético sobre o Aquecimento Global. Ed. Campus/Elsevier, 2008.
LOVELOCK, James. A Vingança de Gaia. Intrínseca, 2006.
MARÍN, Ricardo. Valores y actitudes ente la naturaleza. Humanidad y naturaleza. Cáritas, Nº 102. 1996.
OLIVEIRA, Gilvan Sampaio. Mudanças Climáticas: Ensino Fundamental e Médio. Brasília. Coleção Explirando o Ensino, Vol. 13, 2009.
PÉREZ, Alejandro Gaona. Serviço Social e Meio Ambiente. Editora Cortez, 3º ed. 2009.
ROCHA, Luiz Antonio Batista. Artigo – O Grande Oceano Aéreo.
VEIGA, José Eli. Aquecimento Global – Frias Contendas Científicas. Editora SENAC. São Paulo, 2008.


WEBGRAFIA

Gabriela Cabral. http://www.alunosonline.com.br/geografia/aquecimento-global. Acesso em 03/01/2011.
Heitor Matallo. http://www.brasilescola.com/geografia/aquecimento-global.htm. Acesso em 01/12/2010.
http://ambiente.hsw.uol.com.br/desmatamento. Acesso em 07/12/2010.
http://ambientes.ambientebrasil.com.br/mudancas_climaticas/artigos/furacoes_e_aquecimento_global.html. Acesso em 07/12/2010.
http://noticias.terra.com.br/ciencia. Acesso 07/12/2010.
http://pt.wikipedia.org/wiki/ECO-92. Acesso em 8/09/2010.
http://www.adur-rj.org.br/5com/pop-up/aquecimen_global.htm. Acesso: 17/12/2010.
http://www.algosobre.com.br/atualidades/possiveis-impactos-da-mudanca-de-clima-no-nordeste.html. Acesso em 01/12/2010.
http://www.algosobre.com.br/atualidades/possiveis-impactos-da-mudanca-de-clima-no-nordeste.html. Acesso em: 17/12/2010. 
http://www.alunosonline.com.br/geografia/aquecimento-global. Acesso em 03/01/2011.
http://www.assuntosgerais.com/aquecimento-global. Acesso em 08/10/2010.
http://www.brasilescola.com/geografia/aquecimento-global.htm. Acesso em: 01/12/ 2010.
http://www.folha.uol.com.br. Matéria da Folha de S.Paulo. Acesso em 22/05/2010.
http://www.institutoatkwhh.org.br. Acesso em 08/10/2010.
http://www.memorial.sp.gov.br. Acesso em: 17/12/2010.
http://www.natureba.com.br/aquecimento-global.htm. Acesso em 17/12/2010.
http://www.sissaude.com.br/sissaude. Acesso em 03/01/2011.
INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).
www.ecodebate.com.br. Acesso em 07/12/2010.

Possibilidades de Ações no combate ao Aquecimento Global.

“Gestão ambiental é o processo de articulação das ações dos diferentes agentes sociais que interagem em um dado espaço com vistas a garantir a adequação dos meios de exploração dos recursos ambientais – naturais, econômicos e sócio-culturais.” (Almeida, 2005, pág. 01)

James Lovelock (2006, pág.12, 13) informa que nossos problemas são globais, “apresentando como a maioria sendo decorrente dos efeitos da revolução industrial, em particular o consumo de combustíveis fosseis e produtos químicos, a agricultura e o espaço vital.” O que acontece em certo lugar logo afetará em outros lugares. Se quisermos alcançar uma sociedade humana em harmonia com a natureza, devemos nos guiar por um respeito maior por ela. Sugere como poderíamos começar a enfrentar a questão. Tendo como primeiro requisito reconhecer a existência do problema. Segundo é entendê-lo e extrair as conclusões certas. O terceiro é tomar alguma providência. Ele assegura que atualmente estamos em algum ponto entre os estágios um e dois.
O mesmo afirma a importância de se estar pensando no desenvolvimento sustentável, onde representa o esforço constante em equilibrar e integrar os três pilares do bem-estar social, prosperidade econômica e proteção ambiental em beneficio das gerações atuais e futuras.
A mudança climática nos faz pensar em mudar o atual modelo de crescimento social, econômico e tecnológico por outro que possa reduzir as emissões dos gases de efeito estufa e nos prepare para futuros climas.
A redução das emissões dos gases de efeito estufa entre 60% a 80% exige altos investimentos, como criação e implantação de novas políticas.


Kirstin Dow e Thomas E. Downing (2007, pág. 88) afirma que “todos podem ajudar a frear as mudanças climáticas, e há muitas maneiras de fazê-lo.” Do cálculo dos marcos de carbono para avaliar o total das nossas emissões de gás carbônico às atitudes que se podem tomar para reduzir as emissões, é necessário ter mais consciência do uso que se faz dos recursos.
Devemos entender o nosso papel nessas mudanças e refletir sobre nossos hábitos de consumo e produção, procurar energias e fontes alternativas, trazer conhecimento sobre os problemas, valorizando o ponto de vista da sustentabilidade, integrando um processo educativo com a tríplice perspectiva: CONHECER, SENTIR e FAZER, isso será capaz de contribuir a médio e longo prazo no clima terrestre.

“Temos tudo que é necessário para começar a resolver à crise climática, menos, talvez, a vontade política.” Al Gore (2006, pág. 278).

Ricardo Marin (1996, pág. 32) informa a importância e a necessidade da mudança individual na resolução da problemática ambiental, explicando que “na atualidade existe certa tendência a nos eximir de nossa responsabilidade ou esperar que os outros resolvam esses problemas”.

Alejandro Gaona Pérez (2009, pág. 34), alega que:
“Devemos promover a educação, para que se tenha um pensamento sistêmico, global, de que as coisas não ocorrem de forma isolada, nem se devem a uma só causa. Uma educação que contribua a tomar consciência da complexidade da questão ambiental não apenas em sua origem, mas em sua resolução. Educação esta que leve o nosso pensamento e ação a pensar globalmente e agir localmente”.


Kirstin Dow e Thomas E. Downing assegura algumas medidas que possam ser realizadas para mitigar e adaptar a situação do aquecimento global:

  • A Ação Internacional: A maioria dos países reconheceu o problema das mudanças climáticas ao assinar a convenção sobre mudanças climáticas.
  • O Cumprimento das Metas de Kyoto: Muitos países estão cumprindo os compromissos assumidos em Kyoto, mas para isso, precisarão atingir as metas, para estabilizar as emissões de gases de efeito estufa em níveis de segurança.
  • Mercado de Carbono: Comprar e vender créditos de carbono é uma forma de dividir o ônus da redução das emissões em âmbitos global. Pois visa incentivar investimentos em eficiência energética, energia renovável e outras formas de reduzir emissões.
  • Financiamento das Ações: As verbas atuais precisam ser eficientes para preparar os países para as mudanças climáticas.
  • Compromisso Local: A aprovação de políticas públicas no tema de mudança climática por parte de governos locais é fundamental para o enfrentamento do maior problema ambiental, que atinge a humanidade e para o cumprimento dos tratados internacionais sobre mudanças climáticas. Em muitas cidades, autoridades locais e regionais estão adotando política de redução de emissões mais agressivas que os governos federais.
  • Gás Carbônico e Crescimento Econômico: Investir em tecnologia e engenharia eficientes de combates as alterações climáticas, para contribuir na redução das emissões dos gases de efeito estufa (GEE), em níveis seguros. É possível crescer economicamente com emissões mais baixas de gases de efeito estufa.
  • Energia Renovável: A energia renovável é a solução tecnológica para as sociedades econômicas e socialmente sustentáveis. O seu uso reduz as emissões dos gases de efeito estufa sem interromper o crescimento.

  • Adaptação às Mudanças: A capacidade de adaptarem-se as instabilidades e aos extremos climáticos dependerá das riquezas dos recursos e do governo de cada país. O ideal seria a criação e a manutenção de uma infra-estrutura eficiente de saúde pública para enfrentar as mudanças climáticas, tendo como benefícios sociais e econômicos, evitando os desastres ambientais. Anteciparem-se as mudanças acaba saindo mais barato no longo prazo.
  • Ações Pessoais: Mudança a novos hábitos de estilo de vida, ajudará na redução a emissão de gases.
  • Ações Públicas: As políticas, as práticas e os investimentos de governo, empresas e organizações cívicas, terão que mudar o atual modelo de crescimento social, econômico e tecnológico por outro, que reduza as emissões de gases de efeito estufa (GEE) e nos prepare para futuros climas.
  “O que podemos fazer para diminuir o processo acelerado do aquecimento global é diminuir o desmatamento, aumentar fortemente o reflorestamento, combater o uso de aerossóis, diminuírem a produção industrial e diminuir a liberação de dióxido de carbono na atmosfera.” Gabriela Cabral.

Oliveira (2009, pág. 285) alega um grande fato, de “que especialistas admitem não ter dados sobre os custos e a efetividade das medidas de adaptação e mitigação dos impactos das mudanças climáticas”, mas lembra que a capacidade de adaptação e de redução dos efeitos das mudanças do clima depende das “condições socioeconômicas e ambientais das nações, bem como da oferta de informação e de tecnologia”.


O mesmo informa outras situações agravantes, relacionada ao aquecimento global, entre as quais se destacam:
·        Fenômenos climáticos perigosos (furacões, tornados e ciclones mais intensos);
·        Pobreza;
·        Acesso desigual aos recursos naturais;
·        Conflitos de ordem econômica, política ou étnica;
·        Incidência de doenças;

A sociedade como um todo necessita se adaptar a mudanças e reduzir vulnerabilidades diante de impactos e fenômenos atmosféricos e climáticos, tais como secas e tempestades.
O IPCC aponta que no caso das mudanças climáticas, são necessárias medidas de adaptação adicionais nos níveis regional e local. Outro detalhe importante é que não há como prever se a adaptação, por si só, poderá fazer frente aos efeitos das mudanças climáticas projetadas para longo prazo.
Levando em conta a capacidade de adaptação de uma sociedade que está intimamente ligada ao seu desenvolvimento social e econômico, mas não se distribui por igual entre as sociedades. Mesmo as sociedades com alta capacidade de adaptação são vulneráveis às mudanças do clima, à variabilidade e aos eventos climáticos extremos. 
Oliveira (2009, pág. 286) Informa que a “adaptação e a mitigação não são opções que, por si só, evitariam todos os impactos das mudanças climáticas.” Mas isso não desobriga os países de tomarem atitudes no sentido de buscar um desenvolvimento que combine sustentabilidade e crescimento econômico. Especialistas reforçam a importância de se adotar medidas de adaptação para enfrentar os impactos que virão do aquecimento global.


Oliveira (2009, pág. 287) apresenta algumas sugestões:

·                   Mudanças nos estilos de vida e nos padrões de comportamento, visando à redução das emissões de GEE;
·                   Adoção de programas educativos nos diversos setores da economia para superar barreiras de aceitação de uma nova visão sobre os modelos de desenvolvimento;
·                   Mudanças nas escolhas dos consumidores e no uso de tecnologias, como, por exemplo, o tipo de energia a ser usado nas edificações;
·                   Gestão da demanda de transporte, inserida no planejamento urbano, como o objetivo de reduzir o transporte individual;
·                   Oferta de tecnologias ambientalmente sustentáveis para as indústrias, que contribuam para a redução do uso da energia e das emissões de gases de efeito estufa;

Vale ressaltar que o IPCC vem contribuindo na busca de alternativas de enfrentamento nas questões sobre as mudanças climáticas, por meio de conhecimento científico e de proposições tecnológicas, ambientais, econômicas e sociais para a mitigação dos seus efeitos.
Analisando tecnologias e práticas de mitigações disponíveis para alguns setores, como:

·                   Energia;
·                   Transportes;
·                   Construção;
·                   Indústria;
·                   Agricultura;
·                   Florestas;
·                   Resíduos;
·                   Políticas de Governo;
·                   Acordos e Sociedade;

Medidas estas que visam conservar o meio ambiente e a biodiversidade no mundo, respeitando e cuidando dos seres vivos, amenizando o esgotamento de recursos não-renováveis, e tudo isso necessita passar pela mudança de comportamentos das pessoas. Ações coletivas entre Sociedade e Governo contribuirão para que haja uma redução do aquecimento global.
Al Gore (2006, pág. 180) alega que dois economistas da Universidade de Princeton, Robert Socolow e Stephen Pacala, concluiu um estudo sobre políticas que auxiliam no combate à crise climática, afirmando que “a humanidade já possui os conhecimentos fundamentais, tanto científicos como técnicos e industriais, para resolver os problemas dos gases de efeito estufa e do clima nos próximos 50 anos”.
Abaixo o gráfico tendo como base o estudo de Socolow Pacala, ilustrando a poluição causadora do aquecimento global produzida pelos EUA, e o crescimento esperado nas próximas quatro décadas, se continuar com os mesmos comportamentos habituais. Logo o triângulo mostra a redução da poluição que é possível ser obtida no mesmo período, empregando as novas políticas descritas.



Redução decorrente do uso mais eficiente de eletricidade em sistemas de aquecimento e refrigeração, iluminação, aparelhos domésticos e equipamentos eletrônicos;

 Redução por conta da eficiência no uso final, ou seja, projetando edifícios e empresas para que utilizem muito menos energia do que usam hoje;

  Redução gerada pela maior eficiência dos veículos, fabricando carros que consomem menos gasolina e colocando nas ruas mais carros híbridos e movidos a células de combustível;
 Redução provinda de outras melhorias na eficiência dos transportes, como planejar as cidades, tanto grandes como pequenas, com melhores sistemas de transporte públicos, e fabricar veículos pesados com maior eficiência de combustível;

 Redução em virtude da maior dependência de tecnologias já existentes de energia renovável, tal como o vento e os biocombustíveis;

 Redução resultante da captura e do armazenamento do excesso de carbono emitido pelas usinas elétricas e atividades industriais;

Todas estas ações têm por finalidade auxiliar na melhoria ambiental, promovendo mudanças necessárias no cotidiano de todos, tendo como base à responsabilidade sócio-ambiental, em que terá grande importância à atuação do Gestor Ambiental, juntamente com os esforços do Governo e Sociedade na perspectiva de um futuro sustentável.
Assegurando o que diz o artigo 225 – Constituição Federal de 1988:

“Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.”

Efeitos do Aquecimento Global no Brasil.

Aquecimento no Brasil Estimado para o Ano de 2100
  

Brasil

No quarto relatório do IPCC, foi informado que o Brasil é um dos paises que se encontra em situação vulnerável em decorrência aos efeitos do clima. Já estão sendo registrados diversos impactos da variabilidade natural do clima, como secas, estiagens, cheias, inundações, vendavais e deslizamentos de encostas. Com o aquecimento global pode intensificar a ocorrência desses eventos.
Oliveira (2009, pág. 233) informa:
“Os ecossistemas naturais e agroecossistemas seriam os mais sensíveis a esses impactos, com possíveis mudanças nas coberturas vegetais atuais e perda da biodiversidade brasileira. Além disso, os efeitos dessas ocorrências certamente afetarão os recursos hídricos, a agricultura, podendo afetar a saúde da população e a economia local e regional.”


Cenário preocupante, sendo um dos principais desafios para o Brasil no século XXI, devido a conseqüências devastadoras que podem vir a acontecer. Vale ressaltar que no Brasil, a atividade que mais contribui para a emissão de gases do efeito estufa é o desmatamento.
Para Heitor Matallo, membro da Convenção das Nações Unidas para o Combate da Desertificação (UNCCD), um ciclo puxa o outro.
“Se no Brasil, o meio ambiente já é degradado por meio de desmatamentos e erosões, os reservatórios de água irão diminuir, aumentando as áreas desertas. Com o avanço da temperatura global, será quase impossível viver nessas áreas em curto prazo, porém não impossível, uma vez que o corpo humano se adapta conforme as necessidades. Com isso, o ecossistema desta região ficará totalmente desequilibrado, permitindo a extinção de várias espécies de animais”.

Oliveira (2009, pág. 234) informa que “as projeções de temperatura na América do Sul para o final do século 21, de acordo com o relatório do IPCC, indicam que haverá um aumento de 3,5ºC na média”. Dentre varias simulações, há modelos que apontam o aumento de 5ºC no Brasil.
O aquecimento global no Brasil está sujeito a diversos impactos climáticos, no qual a população e os ecossistemas naturais estão vulneráveis, como as áreas costeiras e ribeirinhas que poderão ser profundamente alterado com a elevação do nível do mar.
Com o degelo das calotas polares, o nível do mar irá subir. Em longo prazo o degelo fará os oceanos subirem até 4,9 metros, cobrindo vastas áreas litorâneas no Brasil, provocando escassez de comida, disseminação de doenças e mortes. A incidência de furacões, que é praticamente inexistente no Brasil, poderá ocorrer com maior freqüência.
Um dos principais obstáculos das projeções sobre a elevação do nível do mar é a falta de um mapa cartográfico da costa brasileira. “Não sabemos aonde o mar vai chegar, pois não temos dados precisos da topografia de nossas praias” afirma Neves. O pesquisador informa que a grande maioria de cidades e portos brasileiros, como o de Santos e o do Rio de Janeiro, não têm marcações no chão chamadas de marcos topográficos, para assinalar as elevações no solo. “Sem esses números é impossível pesquisar”, alega Freitas. (Revista Época, ed. 463, 2008)
Pesquisadores brasileiros do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), informam:
·        Nos próximos anos, as regiões Sul e Sudeste vão sofrer com chuvas e inundação cada vez mais freqüente.
·        A floresta Amazônica pode perder 30% da vegetação, por causa de um aumento na temperatura de vai de 3ºC a 5,3ºC até 2100.
·        No Nordeste, até o fim do século, a variação deve ficar entre 2ºC e 4ºC.
·        O nível do mar deve subir 5 metros nas próximas décadas e 42 milhões de pessoas podem ser afetadas.
·        O aumento na temperatura no Centro-Sul do país deve ser de 2ºC a 3ºC, aumentando a força das tempestades.

As Mudanças Climáticas por Região do Brasil

·                   Norte
De acordo com previsões feitas pelo Inpe, a Amazônia deverá sofrer o maior aquecimento do Brasil. Sua temperatura pode subir até 8ºC até o final do século. Logo a floresta densa e alta perde espaço para uma vegetação semelhante a do Cerrado, o que pode afetar o clima de todo o país.
O calor excessivo faz com que as folhas das árvores da floresta da borda caírem, aumentando o risco de queimadas. O calor provocado pelo fogo reduz a chance de chuva no núcleo da floresta, produzindo mais queimadas. Isso faz com que as árvores renasçam baixas, espaçadas e com pouca copa. A água dos rios diminui e os leitos ficam assoreados, o que afeta toda a biodiversidade. 
O desaparecimento completo da floresta está entre as previsões mais pessimistas. Isso pode acontecer se a temperatura média da região aumentar mais de 5ºC essa elevação pode chegar a 8ºC. “Seria um caminho sem retorno” afirma Carlos Nobre, climatologista do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). A previsão mais aceita para a região é um aumento de temperatura de cerca de 3ºC até 2100. Nobre informa que nesta simulação, a floresta perderia mais da metade de sua cobertura original. “Pode acontecer uma união entre a grande savana da Venezuela e a parte central do Brasil”. Seria um campo com algumas árvores, mas dominado por arbustos e capim, bem menos imponente que a floresta atual. (Revista Época, ed. 463, 2008)

·                   Nordeste
Kirstin Dow e Thomas E. Downing (2007, pág. 94) afirma que:
 “A população desta região é a mais sensível às mudanças climáticas”. As projeções são de intensificação da seca nos próximos anos. O clima semi-árido pode se tornar árido. Com a desertificação e a salinização do solo, a agricultura local pode ser devastada, fazendo com que a população se refugie no Sul do país.”

            As mudanças no clima do Nordeste no futuro podem ter os seguintes impactos:
- A caatinga pode dar lugar a uma vegetação mais típica de zonas áridas, com predominância de cactáceas. O desmatamento da Amazônia também afetará a região.
- Um aumento de 3ºC ou mais na temperatura média deixaria ainda mais seco os locais que hoje têm maior déficit hídrico no semi-árido.
- A produção agrícola de subsistência de grandes áreas pode se tornar inviável, colocando a própria sobrevivência do homem em risco. 
- O alto potencial para evaporação do Nordeste, combinado com o aumento de temperatura, causaria diminuição da água de lagos, açudes e reservatórios.
- O semi-árido nordestino ficará vulnerável a chuvas torrenciais e concentradas em curto espaço de tempo, resultando em enchentes e graves impactos sócio-ambientais. Porém, e mais importante, espera-se uma maior freqüência de dias secos consecutivos e de ondas de calor decorrente do aumento na freqüência de veranicos.
- Com a degradação do solo, aumentará a migração para as cidades costeiras, agravando ainda mais os problemas urbanos.

·                   Sudeste
A região deve sofrer com chuvas, inundações, seca e temperatura, afetando a agricultura, geração de energia e diretamente a saúde, aparecendo doenças como leptospirose, dengue e diarréias.
O aumento no nível do oceano Atlântico ameaçará construções à beira-mar no Rio de Janeiro, o mesmo será uma das regiões mais vulneráveis ao aumento do nível do mar, precisarão de diques para proteger a orla.
Poderá ocorrer o aumento da temperatura: de 2 a 6 graus. Chuvas mais fortes e secas mais severas. Com isso, a área propícia ao cultivo de café em São Paulo se reduzirá de 39% do território do Estado para cerca de 1%. Fenômeno semelhante ocorrerá em Minas Gerais.

·                   Centro Oeste
O ponto mais vulnerável desta região é o Pantanal e Cerrado, com a redução da biodiversidade devido o aumento da temperatura de 2ºC a 6ºC. 
As chuvas se concentrarão em períodos curtos de tempo, entremeados de secas prolongadas. A erosão do solo prejudicará a agricultura e a biodiversidade, sofrendo grandes impactos. O cultivo de café se tornará inviável em Goiás.

·                   Sul
Aumento da temperatura de 1ºC a 4ºC. Os Estados serão mais suscetíveis à ocorrência de eventos extremos, como furacão. Temperaturas mais altas aquecem acima do normal a água do mar e aumentam a velocidade dos ventos. O movimento dos ventos condensa as partículas de água, formando ciclones que avançam o continente.
Os dias ficarão mais quentes e os invernos serão mais curtos. Aumento das chuvas: de 5% a 10%. Chuvas intensas, mas irregulares, provocarão colapso da agricultura e perda de produtividade na pecuária. No Rio Grande do Sul o plantio de trigo e soja se tornará inviável. No Paraná, se a temperatura subir mais de 3 graus, a área propícia ao cultivo de soja poderá ser reduzida em 78%.
A região poderá vir a receber levas de migrantes de outros Estados com o clima mais quente.

"Estejam preparados para as mudanças, adaptem-se às mudanças que virão. E preparem-se para enormes perdas humanas." James Lovelock

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Imagens sobre as Mudanças Climáticas no Mundo.


Efeitos do Aquecimento Global no Mundo.

De acordo com Kirstin Dow e Thomas E. Downing (2007, pág.53) A comunidade científica internacional tem certeza de que estamos presenciando os sérios impactos iniciais das mudanças climáticas. As tendências de aquecimento afetam recursos e ecossistemas em níveis sem precedentes.
Conseqüências das mudanças no clima estão por toda a parte e interligam-se mundialmente, não sendo apenas uma questão ambiental, tendo implicações no crescimento econômico, segurança alimentar e no social.
“Defrontamo-nos com toda uma série de problemas globais que estão danificando a biosfera e a vida humana de uma maneira alarmante, e que pode logo se tornar irreversível.” (Capra, 2005. pág. 14)



A Biodiversidade Ameaçada
Neste século, o aquecimento global deverá ser um dos maiores causadores de extinção de espécies, principalmente para aquelas que já diminuíram devido a outros fatores humanos.
Secas, elevação do nível do mar e até mesmo pequenas alterações na temperatura média podem destruir ecossistemas, baseados na interdependência de milhares de espécies.
Os efeitos do desmatamento também são devastadores. Espécies inteiras de insetos e animais desaparecem devido à destruição de seus habitats. O desmatamento pode causar também inundações catastróficas. Cientistas consideram que o desmatamento tem efeito significativo sobre o aquecimento global.


Kirstin Dow e Thomas E. Downing (2007, pág.54) afirmam que deverá haver uma migração sem precedentes de plantas e animais para que sobrevivam às mudanças climáticas. Savanas e desertos se espalharam rapidamente. Em regiões montanhosas, algumas espécies terão de subir centenas de metros para encontrar novos terrenos, mais as que já ocupam o cume das montanhas ou as regiões ao norte do Ártico dificilmente encontrarão temperaturas mais baixas.
Ressaltando que, para algumas espécies as rotas de fuga já estão bloqueadas pela expansão agrícola e urbana.
Uma pesquisa apresentada pela Red List, IUCN, reuniu informações de aves do mundo (9.856 espécies), anfíbios (6.222 espécies) e recifes de corais (799 espécies). Analisando a história de vida e características ecológicas destes grupos sugerem que até 35% das aves, 52% dos anfíbios e 71% de recifes de corais, tem características que tendem a torná-los particularmente suscetíveis à mudança climática.
Além de animais que acabam se multiplicando por causa desta problemática, como o Besouro da Casca, Al Gore (2006, pág. 160) apresenta este inseto como um dos responsáveis por transformar as florestas da América do Norte em gigantescas fontes de dióxido de carbono, o mais importante gás ligado ao aquecimento global, ao se multiplicar descontroladamente e matar árvores, alteraria a interação entre as matas do Canadá e o clima na Terra. Este animal antes era contido pelos invernos mais frios e mais longos.   

Água
A escassez da água é muito preocupante, em alguns lugares a mudança do clima tornará o problema ainda mais crítico. O aumento da temperatura fará com que a água da superfície evapore mais rápido.
Em algumas regiões choverá menos durante o ano e em outras menos previsíveis, com chuvas sazonais que não virão ou chegarão com tanta força que provocarão terríveis enchentes. Tendo em vista que desde 1960 a incidência de enchentes e vendavais aumentou muito, com ocorrências mais prolongadas e atingindo mais pessoas.
Afirma Kirstin Dow e Thomas E. Downing (2007, pág.56) que os padrões do tempo estão mudando rapidamente, muitos terão dificuldade de se adaptar. Algumas regiões precisarão importar comida e até água, isso já é dado como certo em Israel e no sudeste da Inglaterra.


Elevação do Nível dos Oceanos
Com o aumento da temperatura faz com que os oceanos se expandem e o degelo aumente o nível dos mares, ameaçando muitas cidades litorâneas, provocando conseqüências locais e mundiais. Projeções apresentam que até 2100 o nível do mar aumente cerca de 20 a 90 cm, mesmo que emissões dos gases de efeito estufa sejam drasticamente reduzidos nas próximas décadas, às águas continuaram subindo por séculos devido à imensa massa térmica dos oceanos, conseqüência de emissões já liberadas.
As ilhas Maldivas, no oceano Índico serão completamente inundadas, assim como alguns arquipélagos do Caribe e do Pacífico. Em todo o planeta inúmeras terras produtivas desaparecerão.
De acordo com Cazenave, as medições já feitas nestes últimos 16 anos mostram três regiões onde a subida do nível do mar já é realidade. “As áreas mais afetadas são o oeste do oceano Pacífico, o litoral da Austrália e também a Groelândia”.
Aumentando o nível do mar, o movimento da costa cedendo ou elevando-se, também afeta a altura do mar em relação à terra. “A água salgada invade assim os rios e penetra nos aqüíferos de água doce contaminando as reservas em todo o mundo e ameaça a sobrevivência de muitas comunidades”. Como afirma Kirstin Dow e Thomas E. Downing (2007, pág.62).


Furacões
Com o aquecimento global aumentará a duração e a intensidade de furacões, tufões e ciclones, pois o aumento da temperatura faz com que os oceanos fiquem mais quentes, ocorrendo maior evaporação das águas, potencializando assim catástrofes climáticas.
Al Gore (2006, pág. 75) Informa que uma das provas mais recentes que alguns cientistas estão afirmando é que o “aquecimento global está aumentando a freqüência dos furacões, um fato mais forte do que a variabilidade que sempre se considerou parte dos ciclos naturais das correntes oceânicas profundas”.
Nos últimos 30 anos, a média era de 10 a 11 furacões, porém desde 1995, esta média subiu de 12 para 14. Tendo várias explicações para este fato. A ausência do El Niño sobre o Pacífico conduz um aumento dos ciclones do Atlântico, devido à elevação da temperatura oceânica no mar do Caribe, onde os ciclones surgem aproveitando o aumento da temperatura. Além disso, a umidade quente é o principal fator responsável pelo aparecimento dos furacões.

Alimentação

“As mudanças do clima são uma ameaça à segurança alimentar, embora as colheitas em regiões temperadas possam ser maiores” Kirstin Dow e Thomas E. Downing (2007, pág.59).
A seca e o aumento constante das temperaturas ameaçam a agricultura. Nas regiões tropical e subtropical, a redução das chuvas, o maior risco de seca ou de chuvas fortes e de erosão do solo castigarão a agricultura, ameaçando à capacidade de desenvolvimento na produção.
O presidente do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas da ONU, no ano de 2007, destacou que o aquecimento global reduzirá as plantações nas regiões tropicais, onde milhões de pessoas vivem da agricultura, o que provocará um aumento dos preços do setor. Com isso, a população em situação de vulnerabilidade social será a que mais sofrerá em conseqüência do aumento dos preços dos produtos.
  
Saúde

Al Gore (2006, pág. 177) Afirma que:
“A relação entre a espécie humana e o mundo microbiano dos germes e dos vírus é menos ameaçadora quando há invernos mais frios, noites mais frias, maior estabilidade nos padrões climáticos. O perigo dos micróbios também diminui quando a rica biodiversidade de áreas como as florestas tropicais, onde se localiza a maior porcentagem de espécies do planeta, está a salvo da destruição e da invasão dos seres humanos.”

O aquecimento global aumenta a vulnerabilidade humana a doenças novas e desconhecidas, assim como a novas variedades de doenças antes sob controle.
É importante ressaltar que lugares onde as pessoas estão mais expostas a doenças associadas à pobreza e à desnutrição qualquer mudança climática afetará a saúde.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) atribui à modificação do clima 2,4% dos casos de diarréia e 2% dos de malária em todo o mundo. A OMS calcula que para o ano de 2030 as alterações climáticas poderão causar 300 mil mortes por ano.
Com o aquecimento global só aumentam a possibilidade de ocorrências de doenças e desnutrição em todo o mundo, como nunca visto antes.
As enchentes espalharão doenças transmitidas pela água, como cólera, tifo e disenteria, e por mosquitos como malaria, dengue e febre amarela.

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